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EUA pedem que seus cidadãos deixem Rússia imediatamente por temores de segurança

  • Por Estadão Conteúdo, no site Exame, publicado em 13 de fevereiro de 2023

Desde a invasão da Ucrânia, há quase um ano, os EUA têm pedido repetidamente a seus cidadãos para que deixem a Rússia

Os Estados Unidos pediram a seus cidadãos que deixem a Rússia imediatamente devido à guerra na Ucrânia e ao risco de prisão arbitrária, além do assédio por parte das agências policiais russas.

O alerta constou em um comunicado divulgado pela Embaixada dos EUA em Moscou, noticiado pela agência de notícias Reuters. “Cidadãos americanos que residem ou viajam na Rússia devem partir imediatamente”, afirma o comunicado. “Exercite maior cautela devido ao risco de detenções injustas.”

Desde a invasão da Ucrânia, há quase um ano, os EUA têm pedido repetidamente a seus cidadãos para que deixem a Rússia. O último aviso público foi em setembro, depois que o presidente Vladimir Putin ordenou uma mobilização parcial de tropas. “Não viaje para a Rússia”, alerta a embaixada.

“Os serviços de segurança russos prenderam cidadãos americanos sob acusações espúrias, apontaram cidadãos americanos na Rússia para detenção e assédio, negaram-lhes tratamento justo e transparente e os condenaram em julgamentos secretos ou sem apresentar provas credíveis”, alertou a embaixada.

“As autoridades russas impõem arbitrariamente as leis locais contra trabalhadores religiosos cidadãos americanos e abriram investigações criminais questionáveis contra cidadãos americanos envolvidos em atividades religiosas.”

A Rússia abriu um processo criminal contra um cidadão dos EUA por suspeita de espionagem, informou o Serviço Federal de Segurança (FSB) em janeiro.

Prisioneiros americanos

Em dezembro, a jogadora de basquete Brittney Griner, bicampeã olímpica com os EUA, foi libertada pelo governo da Rússia após uma troca de prisioneiros com a Casa Branca. Viktor Bout, traficante de armas russo que cumpria uma sentença de 25 anos nos EUA e que já ganhou o apelido de “Mercador da Morte”, foi enviado ao país europeu.

Outro americano que não fez parte da troca de prisioneiros de dezembro continua preso na Rússia. Paul Whelan é um ex-fuzileiro naval dos EUA que foi preso por suspeita de espionagem em Moscou em 2018 e condenado a 16 anos de prisão. O governo Biden diz que ‘nunca desistirá’ da libertação de Whelan.

 

O que se sabe sobre acidente de trem que gerou nuvem tóxica e evacuação nos EUA

  • Por BBC News Brasil, em 14 de fevereiro de 2023

No começo de fevereiro, um trem de carga com produtos químicos tóxicos descarrilou e pegou fogo no estado de Ohio, nos Estados Unidos.

O incêndio gerou uma fumaça tóxica que cobriu a pacata cidade de East Palestine e levou à evacuação de quase 2 mil pessoas.

Diante do risco de explosão de cinco dos 50 vagões descarrilados, as autoridades iniciaram a liberação controlada de diversos produtos tóxicos no ambiente.

Enquanto as autoridades afirmam que a mitigação do problema e o retorno ao normal são algo para o longo prazo, a preocupação com as consequências ambientais e de saúde do têm aumentado.

O ex-chefe do Departamento de Combate a Incêndios de Ohio, Silverio Caggiano, comparou a precipitação tóxica resultante do acidente com um “inverno nuclear”.

Autoridades como a EPA, agência ambiental americana, no entanto, dizem que os níveis de contaminação estão abaixo do que seria considerado preocupante.

Entenda o que se sabe sobre o que caso.

Como foi o acidente?

No dia 3 de fevereiro, um trem de carga com diversas substâncias de uso industrial que estava indo de Illinois para a Pensilvânia descarrilou em Ohio.

Cerca de 50 dos 150 vagões saíram dos trilhos, causando um incêndio e gerando uma fumaça tóxica que cobriu a cidade de East Palestine.

A causa do acidente ainda está sendo investigada pelo Conselho Nacional de Segurança de Transportes dos EUA.

O secretário nacional de Transportes, Pete Buttigieg, foi criticado por demorar a se pronunciar sobre o caso e divulgar poucas informações. Nesta terça (14), ele afirmou que o Departamento de Transportes está acompanhando as investigações e vai garantir que haja responsabilização pelo acidente.

Quais as substâncias que vazaram?

De acordo com a EPA (a agência de proteção ambiental dos EUA), “houve e continua a haver” liberação para o ar, solo e água de:

  • cloreto de vinila, um gás tóxico usado na fabricação de plástico PVC e que pode aumentar o risco de câncer – é a substância mais perigosa e de maior preocupação entre os vazamentos;
  • acrilato de butila, um líquido incolor levemente tóxico usado na produção de tintas, adesivos, plásticos, tecidos, entre outros;
  • acrilato de 2-Ethylhexyl, um líquido incolor com cheiro agradável usado na fabricação de polímeros;
  • éter monobutílico de etilenoglicol, um líquido tóxico usado como solvente e que irrita a pele e os olhos.
Quais os riscos para a população e para o ambiente?

Logo após o acidente, quase 2 mil residentes da cidade foram evacuados. Escolas, empresas e rodovias foram fechadas e um abrigo foi criado para as pessoas que tiveram que deixar suas casas.

Não houve registros de mortos nem feridos.

A exposição ao cloreto de vinila está associada com com maior risco de certos tipos de câncer, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA. No entanto, autoridades estaduais e a EPA disseram que os níveis de contaminação na comunidade não são preocupantes.

Cinco dias depois do acidente, os moradores foram autorizados a voltar para suas casas quando o nível de contaminação do ar caiu para níveis abaixo do preocupante.

O serviço de tratamento de água disse que não encontrou “efeitos adversos” na água da região.

No entanto, moradores têm dito nas redes sociais e na imprensa local que peixes e sapos estão morrendo em córregos da região. Outros dizem que têm sentido cheiro de produtos químicos, que tiveram dores de cabeça e enjoo.

Alguns moradores já entraram com processos contra a empresa que administrava o carregamento.

Biden diz que democracia permanece “inflexível e intacta”

  • Por Poder360 – publicado em 8 de fevereiro de 2023

Em discurso do Estado da União, presidente dos EUA afirmou que está “construindo uma economia onde ninguém é deixado para trás”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou seu 2º discurso como presidente no Estado da União na noite de 3ª feira (7.fev), no Capitólio. Ele exaltou a democracia, o aumento de vagas de empregos, a cobrança de impostos sobre bilionários e a retomada do crescimento do país na indústria da construção civil.

Biden entrou na sede do Legislativo norte-americano aplaudido. Iniciou sua fala saudando aliados e dizendo ter a intenção de trabalhar com a oposição –que é maioria na Câmara dos Representantes. “Para meus colegas republicanos, se pudemos trabalhar juntos no último Congresso, não há razão para não trabalharmos juntos neste novo Congresso”, afirmou.

Biden também fez menção à invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. “Há 2 anos, nossa democracia enfrentou sua maior ameaça desde a Guerra Civil. Hoje, embora machucada, nossa democracia permanece inflexível e intacta”, declarou o presidente.

12 milhões de empregos

Biden destacou no Capitólio que seu governo está “construindo uma economia onde ninguém é deixado para trás”. O democrata exaltou como o país se reconstruiu das crises enfrentadas como uma grande potência econômica.

“A história dos Estados Unidos é sobre progresso e resiliência. Sobre sempre seguir em frente e nunca desistir. É uma história única entre todas as nações. Somos o único país que retornou de cada crise mais forte do que quando entramos”, disse.

Ainda sobre o crescimento econômico, Biden trouxe dados acerca do número de postos de trabalho no país. “Enquanto estou aqui, nós criamos 12 milhões de novos empregos. Mais empregos criados em 2 anos do que qualquer presidente criou em 4 anos”, declarou.

Um dos pontos explorados pelo presidente em discurso foi quanto à arrecadação de impostos. “Em 2020, 55 das maiores corporações dos Estados Unidos tiveram US$ 40 bilhões em lucros e não pagaram imposto federal. Isso não é justo. Mas agora, por causa da lei que assinei, empresas bilionárias têm que pagar no mínimo 15% de impostos”, afirmou.

Infraestrutura

Joe Biden também falou sobre a retomada do crescimento da indústria de infraestrutura e lembrou que ao longo dos anos o país saiu da 1ª posição no para a 13ª no ranking mundial de qualidade do setor.

“Para manter a economia mais forte do mundo, também precisamos da melhor infraestrutura do mundo. […] Agora, estamos voltando porque nos unimos para aprovar a Lei de Infraestrutura Bipartidária”, disse.

Como modo de aquecer o setor, o presidente anunciou “novos padrões para exigir que todos os materiais de construção usados ​​em projetos federais de infraestrutura sejam fabricados nos Estados Unidos. Sob minha supervisão, estradas americanas, pontes americanas e rodovias americanas serão feitas com produtos americanos”.