Arquivo diários:08/02/2023

Ucrânia oferece ajuda à Turquia mesmo em guerra contra a Rússia

  • Por Uol, postado em 07 de fevereiro de 2023

O anúncio foi feito hoje pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após telefonema de condolências ao líder turco, Recep Tayyip Erdogan

O terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter, que atingiu tanto a Turquia quanto a Síria, já matou mais de 7 mil pessoas nos dois países.

“Falando para Erdogan, expressei condolências pela tragédia que se abateu sobre o povo devido aos terremotos. Comuniquei a decisão de enviar um grupo de socorristas e equipamentos de Ucrânia para a Turquia para ajudar na superação do rescaldo. Eles chegarão em breve em regiões afetadas”.
Volodymyr Zelensky

Guerra contra Rússia

A ajuda humanitária ucraniana será oferecida pelo país, que, atualmente, está em conflito sangrento contra os russos.

Em agosto, a Turquia declarou publicamente que estava do lado da Ucrânia na guerra contra a Rússia, mesmo Erdogan se aproximando do presidente russo, Vladimir Putin.

O tremor de magnitude 7,8 graus na escala Richter, que ocorreu antes do nascer do sol, foi o pior a atingir a Turquia neste século. O terremoto foi seguido por outro grande tremor de magnitude 7,7.

Os abalos derrubaram prédios residenciais inteiros em cidades turcas e causaram devastação também para milhões de sírios deslocados por 11 anos de guerra civil no país.

Em Diyarbakir, no Sudeste da Turquia, uma mulher falando ao lado dos destroços do prédio de sete andares onde ela morava disse: “Fomos balançados como um berço. Éramos nove em casa. Dois filhos meus ainda estão nos escombros, estou esperando por eles.” Ela estava com um braço quebrado e tinha ferimentos no rosto.

“Foi como o apocalipse”, disse Abdul Salam al-Mahmoud, um sírio da cidade de Atareb, no Norte do país. “Está muito frio e chove forte, e as pessoas precisam ser salvas.”

 

Governo brasileiro oferece ajuda à Turquia e à Síria, diz Itamaraty

  • Por Pedro Peduzzi, da Agência Brasil, postado em 06 de fevereiro de 2023

Até o momento, não há registro de brasileiros mortos ou feridos

O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota na qual manifesta solidariedade e condolências aos povos da Turquia e da Síria, e às vítimas dos abalos sísmicos que deixaram pelo menos 1,6 mil mortos, além de “milhares de pessoas feridas” e prejuízos materiais incalculáveis.

O Itamaraty informou que está acompanhando “com grande preocupação” as informações sobre o terremoto que afetou com maior intensidade os dois países na manhã de hoje (6). “O governo brasileiro está providenciando formas de oferecer ajuda humanitária às populações afetadas pelo terremoto”, diz a nota.

Segundo a pasta, não há, até o momento, notícia de brasileiros mortos ou feridos. “As embaixadas do Brasil em Ancara e Damasco, bem como o consulado-geral do Brasil em Istambul, estão acompanhando os desenvolvimentos na região, em regime de plantão”, acrescentou.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizou com as vítimas. “Olhamos com preocupação para as notícias vindas da Turquia e Síria, após terremoto de grande magnitude. O Brasil manifesta sua solidariedade com os povos dos dois países, com as famílias das vítimas e todos que perderam suas casas nessa tragédia”, disse Lula por meio de redes sociais.

O terremoto de magnitude 7.8, que ocorreu no início da manhã, foi o pior a atingir a Turquia neste século. Também foi sentido no Chipre e no Líbano. Equipes de resgate que operam em um inverno rigoroso retiravam vítimas dos escombros em toda a região.O presidente turco, Tayyip Erdogan, disse que 45 países se ofereceram para ajudar nos esforços de busca e resgate.

Na Síria, já devastada por mais de 11 anos de guerra civil, o Ministério da Saúde informou que pelo menos 326 pessoas morreram e 1.042 ficaram feridas. No noroeste controlado pelos rebeldes sírios, as equipes de resgate afirmaram que 147 pessoas morreram.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos informou que o terremoto ocorreu a uma profundidade de 17,9 quilômetros e relatou uma série de terremotos, um de magnitude 6.7. A região atravessa falhas sísmicas.

Biden diz que democracia permanece “inflexível e intacta”

  • Por Poder360 – publicado em 8 de fevereiro de 2023

Em discurso do Estado da União, presidente dos EUA afirmou que está “construindo uma economia onde ninguém é deixado para trás”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou seu 2º discurso como presidente no Estado da União na noite de 3ª feira (7.fev), no Capitólio. Ele exaltou a democracia, o aumento de vagas de empregos, a cobrança de impostos sobre bilionários e a retomada do crescimento do país na indústria da construção civil.

Biden entrou na sede do Legislativo norte-americano aplaudido. Iniciou sua fala saudando aliados e dizendo ter a intenção de trabalhar com a oposição –que é maioria na Câmara dos Representantes. “Para meus colegas republicanos, se pudemos trabalhar juntos no último Congresso, não há razão para não trabalharmos juntos neste novo Congresso”, afirmou.

Biden também fez menção à invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. “Há 2 anos, nossa democracia enfrentou sua maior ameaça desde a Guerra Civil. Hoje, embora machucada, nossa democracia permanece inflexível e intacta”, declarou o presidente.

12 milhões de empregos

Biden destacou no Capitólio que seu governo está “construindo uma economia onde ninguém é deixado para trás”. O democrata exaltou como o país se reconstruiu das crises enfrentadas como uma grande potência econômica.

“A história dos Estados Unidos é sobre progresso e resiliência. Sobre sempre seguir em frente e nunca desistir. É uma história única entre todas as nações. Somos o único país que retornou de cada crise mais forte do que quando entramos”, disse.

Ainda sobre o crescimento econômico, Biden trouxe dados acerca do número de postos de trabalho no país. “Enquanto estou aqui, nós criamos 12 milhões de novos empregos. Mais empregos criados em 2 anos do que qualquer presidente criou em 4 anos”, declarou.

Um dos pontos explorados pelo presidente em discurso foi quanto à arrecadação de impostos. “Em 2020, 55 das maiores corporações dos Estados Unidos tiveram US$ 40 bilhões em lucros e não pagaram imposto federal. Isso não é justo. Mas agora, por causa da lei que assinei, empresas bilionárias têm que pagar no mínimo 15% de impostos”, afirmou.

Infraestrutura

Joe Biden também falou sobre a retomada do crescimento da indústria de infraestrutura e lembrou que ao longo dos anos o país saiu da 1ª posição no para a 13ª no ranking mundial de qualidade do setor.

“Para manter a economia mais forte do mundo, também precisamos da melhor infraestrutura do mundo. […] Agora, estamos voltando porque nos unimos para aprovar a Lei de Infraestrutura Bipartidária”, disse.

Como modo de aquecer o setor, o presidente anunciou “novos padrões para exigir que todos os materiais de construção usados ​​em projetos federais de infraestrutura sejam fabricados nos Estados Unidos. Sob minha supervisão, estradas americanas, pontes americanas e rodovias americanas serão feitas com produtos americanos”.